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terça-feira, 7 de junho de 2011

A-10 THUNDERBOLT II

FAIRCHILD A-10 THUNDERBOLT II. Feio sim! Mas forte como um Javali.

Foto:Menso Van Westrhenem
DESCRIÇÃO
A necessidade de um avião de apoio aéreo aproximado para prestar ajuda para as tropas no campo de batalha se tornou evidente na guera do Vietnã, onde um dos aviões que faziam este papel era o clássico Douglas A-1 Skyrider, equipado com um motor radial. Este velho avião, conseguia executar a missão de apoio graças a sua baixa velocidade que, para muitos, poderiam ser considerados limitações de desempenho. Na verdade, caças de alto desempenho como o F-4 não conseguiam prestar esse apoio aéreo eficientemente, pois era muito rápido, além de ser muito arriscado executar ataques à baixa altitude, onde um simples tiro de fuzil poderia danificar seriamente o avião. O A-1 se mostrou ideal, pois além de lento o suficiente para conseguir atacar muitos alvos em uma só passagem, ele ainda era barato, e bastante resistente a danos. Assim os requisitos para um avião de apoio aéreo especializado estavam claros e a força aérea dos Estados Unidos abriu uma concorrência para que os fabricantes de aviões desenvolvessem uma aeronave que fosse dedicada a essa importante missão, o apoio aéreo aproximado. Depois de avaliar algumas propostas, e dois modelos de aviões, o YA-9 da Northrop e o YA-10 da Fairchild, o contrato foi assinado em 1972 com esta ultima empresa e assim nascia o A-10 A Thunderbolt II, uma referência ao caça Thunderbolt da segunda guerra que prestou valorosos serviços de apoio aproximado às forças dos aliados na segunda grande guerra.
O A-10 será nosso enfocado nessa matéria, porque embora seja um projeto antigo, ele continuará em serviço por pelo menos 20 anos. Possivelmente, ele poderá ser substituído pelo novo caça F-35 Lighthning II, já descrito no Campo de Batalha Aérea e que substituirá o Harrier AV-8B, F-16 e o F-18.

Acima: Atualmente o padrão de camuflagem do A-10 mudou para essa combinação de tons de cinza. essa mudança reflete o novo teatro de operação do A-10, diferente dos verdes campos da Europa.
Quando olhamos para o A-10, a primeira coisa que salta aos olhos é a estranha posição de seus motores. Não que não haja diversos modelos de aviões com motores montados na parte externa da fuselagem, mas essa configuração é típica de aviões de passageiros. Num avião de combate, isso é uma exceção a regra. O motivo dessa arquitetura é bastante razoável. Olhando de baixo, quando o A-10 está em vôo, o motor é a ultima coisa que você conseguirá ver direito. Ele está montado em uma posição mais alta que as asas e estabilizadores fazendo com que essas partes do A-10, funcionem como uma proteção extra contra a artilharia anti aérea. E falando em proteção, o A-10 possui blindagem em diversos pontos chaves, sendo que a parte mais resistente é a área do cockpit, que tem uma “banheira” blindada com titânio capaz de resistir a impactos diretos de projéteis maiores que 37 mm. Ainda falando um pouco da sua resistência, houve casos em que o A-10 foi atingido por um míssil e mesmo sem metade de uma das asas e com apenas um motor, ele conseguiu voltar à base. Esse tipo de característica o tornou um dos aviões mais seguros de se usar em combate e existe uma grande procura por parte dos aspirantes a piloto de combate que procuram se tornar pilotos de A-10.

Acima: Esta foto antiga de um A-10, retrata exatamente a idéia que se tinha do teatro de operações onde ele seria usado no inicio de sua carreira; As copas da arvores da Europa central. A ameaça dos numerosos tanques da extinta União Soviética levaria um duro golpe contra os poderosos A-10 "Warthogs".O Motor usado no A-10 é General Eléctric TF-34-GE-100 que produz um empuxo de 4500 kg de empuxo. A asa reta vista no A-10, somado ao seu motor com um empuxo relativamente pequeno, vem de encontro a necessidade do avião ser lento para melhor executar a sua missão peculiar. O apoio aéreo aproximado.
As características de vôo, somado a incrível capacidade de armamento do A-10, que chega a 7200 kg de bombas e mísseis, acabaram por revelar uma missão que o A-10 poderia cumprir com eficiência, e que posteriormente, acabou se confirmando. Essa missão é de caçar tanques. Na verdade, o sucesso nessa nova missão foi tão grande que hoje o A-10 é lembrado como Tankbuster, ou ainda, como destruído de tanques.
O armamento do A-10 é bastante variado, porém, duas armas de destacam; O poderosíssimo canhão GAU-8 Avenger em calibre 30 mm e com 7 canos rotativos. Esse é o mais potente canhão já instalado num avião de ataque, e sua munição é capaz de penetrar em muitas blindagens que outros projéteis do mesmo calibre não penetrariam. Um dado que considero interessante é que se uma rajada do GAU-8 não perfurar a blindagem, só o calor que ele produz nos impactos seria um fator de grande risco para a tripulação do tanque alvo. O outro armamento que marca a “personalidade” do A-10 é o míssil AGM-65 Maverick (A direita). Este míssil é usado para ataques contra alvos duros no solo, como por exemplo um bunker ou o mais tradicional alvo dele, o tanque de guerra. Contra esse tipo de alvo, o Maverick é extremamente eficaz. Não há um tanque na face da terra que consiga seguir na missão depois de atingido por um Maverick. A guiagem do Maverick pode ser feita por TV, IR (infravermelho), e Laser, dependendo da versão. O alcance máximo do Maverick pode chegar a 27 Km, podendo ser lançado fora do alcance de muitas defesas antiaéreas. Além dessa duas armas principais, o A-10 pode lançar bombas de fragmentação, bombas guiadas a laser da serie Paveway (que podem ser guiadas por um casulo Pave Penny do próprio A-10), e atualmente, um programa de modernização levado a cabo pela Northrop Grumman, está integrando os sistemas para o A-10 lançar bombas guiadas a GPS como a JDAM.

Acima: Um A-10 faz uma rajada com seu canhão de 30 mm GAU-8 Avenger. O estrago que esta arma faz num tanque de guerra é dramático.Foto: Steve KempfDado a natureza da missão que o A-10 executa e a altíssima resistência que ele tem a danos em combate, o A-10 continuará como um dos personagens principais dos campos de batalha nessa primeira metade do século 21. Os programas de modernização, o manterão atualizados para as necessidades dos futuros combates fazendo com que este avião seja, no futuro, um dos mais longevos projetos da história da aviação de combate.
FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 700 Km/h
Velocidade de cruzeiro: 550 Km/h
Razão de subida: 1824m/min
Potência: 0.52
Fator de carga: 7, -3 Gs
Taxa de giro: 25º/seg
Teto de serviço: 13500 m
Alcance: 925 Km / 4150km (Translado)
Motor: 2 turbofans General Electric TF-34-GE-100 com 4500 kg de empuxo

DIMENSÕES
Comprimento: 16,26 m
Envergadura: 17,53 m
Altura: 4,47m
Peso: (vazio): 11321Kg
ARMAMENTO:
Ar Ar: Míssil AIM-9 Sidewinder, Míssil Stinger.
Ar Terra: Mísseis AGM-65 maverick, Bombas Mk82/83/84, e lançadores de foguetes, GBU-12/16/24 guiadas a laser, Bombas de fragmentação e bombas JDAM
Interno: Um canhão Gatling de 7 canos GAU-8 Avenger de 30 mm 

Carga externa máxima: 7200 Kg

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